Substâncias tóxicas jogadas em rios, lagos e mares geram estresse no habitat dos peixes
O descarte indiscriminado de substâncias tóxicas em rios, lagos e mares é uma fonte de estresse para os organismos aquáticos. Nestas condições, os peixes naturalmente migram para áreas menos afetadas pelos poluentes. Segundo o pesquisador e biólogo Daniel Clemente, que defendeu tese sobre o assunto no Instituto de Biociências da USP, este fenômeno afeta o equilíbrio ecossistêmico e pode gerar uma redução da população de peixes, causando uma possível extinção local de alguns organismos, explica.
Uma pesquisa feita na USP estuda comportamento de peixes para avaliar risco ambiental e detecção de poluente aquáticos. A nova abordagem é considerada inovadora e contesta, inclusive, concentrações consideradas seguras de poluentes das Agências Ambientais, que têm a função de controlar e monitorar regularmente os níveis de poluentes no corpo hídrico.

Nova abordagem permitiu contestar concentrações de poluentes consideradas seguras pelas agências ambientais
Sobre o bisfenol, o estudo detectou que mesmo estando abaixo das concentrações consideradas seguras pelas agências ambientais, de um micrograma por litro de água, a substância causou grande impacto no ambiente e na população aquática, fazendo com que os peixes migrassem para áreas com menores concentrações do composto.
Os métodos utilizados pelas agências ambientais não consideram concentrações que causam distúrbios ao ambiente aquático. Levam em conta apenas concentrações que causam efeitos tóxicos aos organismos aquáticos e aos humanos.Desta forma, Clemente acredita que o método de análise de fuga de peixes expostos em ambientes poluídos contribui para um melhor entendimento dos riscos ambientais causados pelos poluentes em corpos hídricos, conclui. (Leia na íntegra no Jornal da USP)
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