Segundo uma matéria do Jornal Cruzeiro do Sul, Cidade chega a 25,6% da projeção de copa e mantém 1.218 espécies de fauna e flora. Veja o que fala o especialista.
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Foto: Vinícius Fonseca |
“A cidade era ocupada por Cerrado e Mata Atlântica, mas ao longo da história, com o avanço da urbanização, a cidade perdeu praticamente todas as características desse bioma”
Segundo o professor Nobel Penteado de Freitas, coordenador do Núcleo de Estudos Ambientais da Uniso, Sorocaba já teve uma biodiversidade muito mais rica do que a vista hoje. Ele lembra, porém, que com o endurecimento das leis ambientais, alguns locais resistem e são preservados.
Freitas destaca que a Sema vem trabalhando na preservação de corredores ecológicos e destaca alguns pontos da cidade que são preservados, como Pirajibu, Pirajibu-Mirim e o Rio Sorocaba na altura do bairro Parque Vitória Régia. “Pensando em um corredor ecológico mais amplo é possível citar Itupararanga e a Fazenda Nacional de Ipanema também”, disse.
Reverter o que já foi perdido, afirma Nobel, é algo fora das possibilidades. “O Rio Sorocaba já foi dez, 15 vezes maior do que é hoje, mas é inviável desfazer o avanço da urbanização que já aconteceu no entorno. É preciso hoje engajamento, investimento e conscientização para que o que ainda resta não seja perdido”, disse o especialista.
Sobre a biodiversidade sorocabana, Freitas chama a atenção para a Águia Cinzenta, que há muitos anos não era vista na cidade e no ano passado voltou a sobrevoar Sorocaba. “As aves são a maior parte da fauna local e estima-se que há mais de 100 espécies. A aparição da Águia Cinzenta, que é muito rara, é algo importante e significativo.” O ouriço e a garça branca também estão entre os animais que simbolizam a cidade.
Já entre a vegetação, Nobel cita a Copaíba e o Jequitibá-branco como espécies nativas de Sorocaba. Os plantios de árvores, destaca o professor doutor, são iniciativas importantes, mas que exigem conhecimento e planejamento. “É preciso intensificar as ações de conscientização e explicar que não adianta a pessoa fazer um mega plantio de espécies exóticas, pois elas vão atrapalhar as árvores nativas. Não faz sentido plantar abacateiros e mangueiras em um parque, por exemplo.” Ele lembrou que recentemente, no Parque Porto das Águas, a Sema fez a remoção de aproximadamente 300 árvores exóticas e as substituiu por espécies que pertencem ao bioma sorocabano.
Leia a matéria, na íntegra, de Larissa Pessoa no site Cruzeiro do Sul