O tamanho de um animal determina seu papel ecológico e entender isso pode salvar o planeta delas e o nosso.
“Nosso estudo ilumina como os oceanos e o clima atuais podem sustentar nossos maiores vertebrados. Contudo, esses dois fatores estão sofrendo transformações em escalas geológicas, no período de apenas uma geração. Com essas transformações tão velozes, será que o oceano terá capacidade de sustentar bilhões de pessoas e também as maiores baleias? As pistas para responder a essa questão estão em nossa habilidade de aprender com o passado da Terra – algo crucial para nosso presente.” explicou Nicholas Pyenson, do Museu de História Natural Smithsonian, um dos autores do estudo.
Nicholas Pyenson |
Para chegar a essas conclusões, os cientistas do Museu de História Natural Smithsonian, e das Universidades Stanford e de Chicago, nos Estados Unidos, analisaram fósseis de 63 espécies extintas e esqueletos de 13 espécies modernas. O estudo mostrou que as baleias, que surgiram há cerca de 30 milhões de anos, foram “pequenas” (com cerca de dez metros de comprimento) ao longo da maior parte de sua evolução. Foi só por volta de 3 milhões de anos atrás que esses animais começaram a se separar em linhagens distintas, com tamanhos maiores.
Um Pôster ESTADÃO que faz um Raio-X na Baleia Jubarte (Baixe aqui)
Em seguida, os cientistas recolheram dados ambientais, com o objetivo de descobrir o porquê dessa mudança. Reunidas, as informações mostraram que o crescimento dos cetáceos coincidiu com o início das glaciações, há cerca de 4,5 milhões de anos atrás. Nesse período, segundo os autores, as mudanças climáticas modificaram a distribuição dos alimentos das baleias nos oceanos. Em algumas partes do ano, como a primavera e o verão, havia uma ampla oferta de nutrientes, enquanto em outras, como outono e inverno, eles eram escassos.
“Antes que as geleiras cobrissem o Hemisfério Norte, os recursos estavam bem distribuídos nos oceanos. Mas, com o começo da glaciação, escorrimentos dos novos mantos de gelo durante o verão podem ter levado os nutrientes para as águas costeiras, aumentando o suprimento de comida em algumas áreas”.
“O tamanho de um animal determina seu papel ecológico”, explica Pyenson.
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