segunda-feira, 19 de junho de 2017

Pampas bioma brasileiro

O termo pampa é de origem indígena e significa "região plana".

Denominado Pampas, Campanha Gaúcha, Campos Sulinos ou Campos do Sul, o Pampa é o único bioma brasileiro presente somente numa unidade federativa.
Ocupa mais da metade do território do Rio Grande do Sul e parte dos países: Uruguai e Argentina.

Pampas: Características 
O clima do Pampa é subtropical com as quatro estações do ano bem definidas e sua vegetação é marcada pela presença de gramíneas, plantas rasteiras, arbustos e árvores de pequeno porte.
Vegetação do Pampa
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a vegetação do Bioma Pampa pode ser dividida em:
Estepe
➤ Savana Estépica
➤ Floresta Estacional Semidecídua
➤ Floresta Estacional Decidual
➤ Formações Pioneiras
➤ Floresta Estacional
➤ Relevo do Pampa
➤ Além disso, o Bioma Pampa é formado por quatro conjuntos que caracterizam seu relevo:
➤ Planalto da Campanha
➤ Depressão Central
➤ Planalto Sul-Rio-Grandense
➤ Planície Costeira.

Em sua maior parte, destaca-se o relevo de planícies, constituído de grandes áreas de pastagens que se desenvolvem grandes rebanhos.
Assim, a principal atividade econômica do local é a pecuária extensiva com destaque para a criação de bois e ovelhas. Já as principais produções agrícolas da região são: soja , arroz, milho, trigo e uva.

Pampa: Fauna e Flora
A fauna do bioma Pampa é muito rica e diversa, caracterizada por uma grande variedade de aves, mamíferos, artrópodes, répteis e anfíbios.
Exemplos: onça-pintada, jaguatirica, mono-carvoeiro, macaco-prego, guariba, mico-leão-dourado, sagui, preguiça-de-coleira, caxinguelê, tamanduá, jacu, macuco, jacutinga, ema, perdigão, perdiz, quero-quero, tiê-sangue, araponga, sanhaço, caminheiro-de-espora, joão-de-barro, sabiá-do-campo, pica-pau do campo, beija-flor-de-barba-azul, veado-campeiro, graxaim, zorrilho, furão, tatu-mulita, preá, tuco-tucos, sapinho-de-barriga-vermelha, tucanos, saíras, gaturamos, cervo-do-pantanal, caboclinho-de-barriga-verde, picapauzinho-chorão.
Ademais, pesquisas indicam que a flora do Pampa apresenta aproximadamente 3000 espécies de plantas, algumas delas: louro-pardo, cedro, cabreúva, canjerana, guajuvira, guatambu, grápia, campim-forquilha, grama-tapete, flechilhas, canafístula, brabas-de-bode, pau-de-leite, unha-de-gato, bracatinga, cabelos de-porco, angico-vermelho, caroba, babosa-do-campo, amendoim-nativo, trevo-nativo, cactáceas, timbaúva, araucárias, algarrobo, nhandavaí, palmeira anã.

Pampa: Desmatamento
As atividades econômicas desenvolvidas na região do Pampa, ou seja, a agricultura e pecuária, marcadas pela expansão das pastagens e dos campos de cultivo, são os principais responsáveis pelo desmatamento e degradação desse bioma.
O resultado é o desaparecimento de espécies nativas, aumento do processo de arenização do solo, bem como a invasão de espécies que levam ao desiquilíbrio do ecossistema.
Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, o IBAMA (2010), no ano de 2002 restavam 41,32% e em 2008 restavam apenas 36,03% da vegetação nativa do bioma Pampa.
Além disso, muitos animais estão em risco de extinção como por exemplo: veado campeiro, cervo-do-pantanal, caboclinho-de-barriga-verde, picapauzinho-chorão, a onça-pintada, a jaguatirica, o mono-carvoeiro, macaco-prego, guariba, mico-leão-dourado, saguis, preguiça-de-coleira, caxinguelê, tamanduá, gato dos pampas.

A data comemorativa de conservação e conscientização dos Pampas é no dia 17 de Dezembro.

Pampas: Ministério do Meio Ambiente
Fonte Original (Ministério do Meio Ambiente)
O Pampa está restrito ao estado do Rio Grande do Sul, onde ocupa uma área de 176.496 km² (IBGE, 2004). Isto corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território brasileiro. As paisagens naturais do Pampa são variadas, de serras a planícies, de morros rupestres a coxilhas. O bioma exibe um imenso patrimônio cultural associado à biodiversidade. As paisagens naturais do Pampa se caracterizam pelo predomínio dos campos nativos, mas há também a presença de matas ciliares, matas de encosta, matas de pau-ferro, formações arbustivas, butiazais, banhados, afloramentos rochosos, etc.

Por ser um conjunto de ecossistemas muito antigos, o Pampa apresenta flora e fauna próprias e grande biodiversidade, ainda não completamente descrita pela ciência. Estimativas indicam valores em torno de 3000 espécies de plantas, com notável diversidade de gramíneas, são mais de 450 espécies (campim-forquilha, grama-tapete, flechilhas, brabas-de-bode, cabelos de-porco, dentre outras). Nas áreas de campo natural, também se destacam as espécies de compostas e de leguminosas (150 espécies) como a babosa-do-campo, o amendoim-nativo e o trevo-nativo. Nas áreas de afloramentos rochosos podem ser encontradas muitas espécies de cactáceas. Entre as várias espécies vegetais típicas do Pampa vale destacar o Algarrobo (Prosopis algorobilla) e o Nhandavaí (Acacia farnesiana) arbusto cujos remanescentes podem ser encontrados apenas no Parque Estadual do Espinilho, no município de Barra do Quaraí.

A fauna é expressiva, com quase 500 espécies de aves, dentre elas a ema (Rhea americana), o perdigão (Rynchotus rufescens), a perdiz (Nothura maculosa), o quer-quero (Vanellus chilensis), o caminheiro-de-espora (Anthus correndera), o joão-de-barro (Furnarius rufus), o sabiá-do-campo (Mimus saturninus) e o pica-pau do campo (Colaptes campestres). Também ocorrem mais de 100 espécies de mamíferos terrestres, incluindo o veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus), o graxaim (Pseudalopex gymnocercus), o zorrilho (Conepatus chinga), o furão (Galictis cuja), o tatu-mulita (Dasypus hybridus), o preá (Cavia aperea) e várias espécies de tuco-tucos (Ctenomys sp). O Pampa abriga um ecossistema muito rico, com muitas espécies endêmicas tais como: Tuco-tuco (Ctenomys flamarioni), o beija-flor-de-barba-azul (Heliomaster furcifer); o sapinho-de-barriga-vermelha (Melanophryniscus atroluteus) e algumas ameaçadas de extinção tais como: o veado campeiro (Ozotocerus bezoarticus), o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), o caboclinho-de-barriga-verde (Sporophila hypoxantha) e o picapauzinho-chorão (Picoides mixtus) (Brasil, 2003).

Trata-se de um patrimônio natural, genético e cultural de importância nacional e global. Também é no Pampa que fica a maior parte do aquífero Guarani.

Desde a colonização ibérica, a pecuária extensiva sobre os campos nativos tem sido a principal atividade econômica da região. Além de proporcionar resultados econômicos importantes, tem permitido a conservação dos campos e ensejado o desenvolvimento de uma cultura mestiça singular, de caráter transnacional representada pela figura do gaúcho.

A progressiva introdução e expansão das monoculturas e das pastagens com espécies exóticas têm levado a uma rápida degradação e descaracterização das paisagens naturais do Pampa. Estimativas de perda de hábitat dão conta de que em 2002 restavam 41,32% e em 2008 restavam apenas 36,03% da vegetação nativa do bioma Pampa (CSR/IBAMA, 2010).

A perda de biodiversidade compromete o potencial de desenvolvimento sustentável da região, seja perda de espécies de valor forrageiro, alimentar, ornamental e medicinal, seja pelo comprometimento dos serviços ambientais proporcionados pela vegetação campestre, como o controle da erosão do solo e o sequestro de carbono que atenua as mudanças climáticas, por exemplo.

Em relação às áreas naturais protegidas no Brasil o Pampa é o bioma que menor tem representatividade no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), representando apenas 0,4% da área continental brasileira protegida por unidades de conservação. A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), da qual o Brasil é signatário, em suas metas para 2020, prevê a proteção de pelo menos 17% de áreas terrestres representativas da heterogeneidade de cada bioma.

As “Áreas Prioritárias para Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira”, atualizadas em 2007, resultaram na identificação de 105 áreas do bioma Pampa, destas, 41 (um total de 34.292 km2) foram consideradas de importância biológica extremamente alta.

Estes números contrastam com apenas 3,3% de proteção em unidades de conservação (2,4% de uso sustentável e 0,9% de proteção integral), com grande lacuna de representação das principais fisionomias de vegetação nativa e de espécies ameaçadas de extinção da fauna e da flora. A criação de unidades de conservação, a recuperação de áreas degradadas e a criação de mosaicos e corredores ecológicos foram identificadas como as ações prioritárias para a conservação, juntamente com a fiscalização e educação ambiental.

O fomento às atividades econômicas de uso sustentável é outro elemento essencial para assegurar a conservação do Pampa. A diversificação da produção rural a valorização da pecuária com manejo do campo nativo, juntamente com o planejamento regional, o zoneamento ecológico-econômico e o respeito aos limites ecossistêmicos são o caminho para assegurar a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento econômico e social.

O Pampa é uma das áreas de campos temperados mais importantes do planeta.

Cerca de 25% da superfície terrestre abrange regiões cuja fisionomia se caracteriza pela cobertura vegetal como predomínio dos campos – no entanto, estes ecossistemas estão entre os menos protegidos em todo o planeta.

Na América do Sul, os campos e pampas se estendem por uma área de aproximadamente 750 mil km2, compartilhada por Brasil, Uruguai e Argentina.

 No Brasil, o bioma Pampa está restrito ao Rio Grande do Sul, onde ocupa 178.243 km2 – o que corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território nacional.

O bioma exibe um imenso patrimônio cultural associado à biodiversidade. Em sua paisagem predominam os campos, entremeados por capões de mata, matas ciliares e banhados.

A estrutura da vegetação dos campos – se comparada à das florestas e das savanas – é mais simples e menos exuberante, mas não menos relevante do ponto de vista da biodiversidade e dos serviços ambientais. Ao contrário: os campos têm uma importante contribuição no sequestro de carbono e no controle da erosão, além de serem fonte de variabilidade genética para diversas espécies que estão na base de nossa cadeia alimentar.

Um comentário:

  1. O Bioma Pampa
    •Reconhecido oficialmente no Mapa de Biomas do Brasil (IBGE 2004)
    Tamanho original: 178 mil Km²
    Estados que engloba: RS
    População: cerca de 6 milhões
    Clima: Subtropical
    Solo: Fértil, bastante utilizado para a agricultura
    Flora predominante: Caracterizada por uma vegetação composta por gramíneas, plantas rasteiras, árvores e arbustos (não abundantes)
    Fauna em destaque: Gato-do-pampa e preguiça-de-coleira, ambos em extinção.
    O Pampa também recebe outras nomenclaturas, tais como: Campanha Gaúcha, Campos do Sul ou Sulinos; mas é um dos biomas menos conhecidos do Brasil, ocupa 63% do território do Rio Grande do Sul.
    No bioma, 41,32% da área apresenta cobertura vegetal nativa, mas apenas 0,4% do Pampa é protegido atualmente por Unidades de Conservação. O Pampa já perdeu quase 54% da vegetação original, para a agricultura, a pecuária e o cultivo de monoculturas florestais que têm exercido forte pressão sobre o local, resultando no desaparecimento de espécies nativas, no aumento do processo de arenização e na invasão de espécies indesejáveis.
    Apesar do grande percentual desmatado, o ritmo de devastação do Pampa é o menor entre os biomas brasileiros. No bioma também estão presentes duas bacias hidrográficas: a Costeira do Sul e a do rio da Prata. Esses rios apresentam boas condições para a navegação e constituem verdadeiras hidrovias para a região.
    Clima:
    O clima da região é o subtropical, chuvoso, marcado pela frequência de frentes polares e temperaturas negativas no período do inverno.
    Solo:
    O solo em geral é fértil, sendo bastante utilizado para a agricultura.
    Flora predominante:
    A flora do bioma é caracterizada por uma vegetação composta por gramíneas, plantas rasteiras, árvores e arbustos (não abundantes) encontrados próximos a cursos d’água. Seus campos são importantes para a preservação da biodiversidade, pois ajudam a mitigar o efeito estufa e auxiliam no controle da erosão.
    Fauna em destaque:
    Os Pampas contam com 385 espécies de aves, como pica-paus, caturritas, anus-pretos e 90 de mamíferos terrestres, como guaraxains, alces e tatus. Possui 26 espécies de animais ameaçados de extinção.

    http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2011/junho/bioma-pampa


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